Maratona de Portalegre em BTT - 107 Km´s
A maior TRIP de Sempre em Cima de uma Bike
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A Equipa maravilha MariaBolacha. Berlus e Bolachas |
A
Equipa MariaBolacha foi com dois elementos
Tempos
e classificações
9:26:13
para Helder Berlusconi para os 107 km´s 600 Posição 9:26:18 para Jorge Bolachas para os 107 Km´s 601 Posição Crónica de Jorge Bolachas
O despertador tocou eram 6H30m na Casa da Aldeia Velha. Já à muito estava acordado.
O nervoso miudinho estava no auge. Só de pensar que iria estar com 1130 pessoas que gostam tão ou mais de BTT que eu, sentia-me
muito feliz.
Ficamos
de boca aberta quando observamos que o tempo estava magnifico. Não existia uma única nuvem no céu e o calor já se fazia sentir.
Duramos
pouco tempo a meter a coisas no carro e arrancamos direitos a Portalegre. Estava planeado tomar o pequeno-almoço a meio do
caminho. Ervedal foi o sitio escolhido. No meio de Alentejanos que já estavam a mamar umas ginginhas às 7H30, bebemos o nosso
galão e uma sandocha de queijo. Acho que foi um grande erro. Nunca comi este tipo de comida antes de andar de BIke e paguei
por isso mais tarde.
Avançamos
direitos a Portalegre, seria uma viagem de 45 minutos à abrir.
Quando
chegamos nem queríamos acreditar tamanha era a movimentação de gajos andar de bike, a montar as bikes e com bikes em cima
dos carros. Perfeito pensamos nós. Estávamos o sítio certo.
O
Berluz ficou à rasca quando se aperceber que não tinha as luvas, nas no meio da confusão lá acabou por encontra-las e ainda
bem, é que mais tarde serviram-se e bem se não a esta hora estava no hospital.
Lá
montamos as bikes e partimos em direcção ao Jardim do Tarro. Epá são mais que as mães e que os pais. Aquilo era uma avenida
só com bikes e com gajos às cores. Será que estou a sonhar?. Aproveitei e belisquei-me. Afinal era verdade, estava a viver
um verdadeiro sonho (por enquanto).
Aproveitamos
enquanto o Povo estava parado e tirei uma fotos, mas aquilo começou a andar e bem depressa pelas rua de Portalegre. Eram milhares
de pessoas a assistir. Sentia-me um verdade cromo do BTT. Tudo a aplaudir e dizer que éramos os maiores (era isso que eu ouvi),
mas mais tarde disseram-me o que estavam a dizer era mesmo (vais sofrer e acabar por morrer).
Lá
chegamos à partida. Fiquei a meio do pelotão (penso eu). Aquilo é que era um bela imagem quando deram a partida. Tudo maluco
por ali fora. Parecia que a meta era a 200 metros.
Lá
começamos a rolar a meio gás. A partir do 5 km´s começamos a speedar. Aquilo é que foi ultrapassar e eu a pensar vamos partir
esta merda toda. Foi o primeiro erro.
A
coisa até correu bem até ao 1 single track, tínhamos passados muito Bttistas mas como aquilo engarrafou, lá se foi a vantagem.
Lindas
paisagens com single tracks maravilhosos até aos 40 km´s e sempre a direito. Estava tudo a correr bem, fora a pequena do de
burro que apresentava e uma dorzita no musculo da perna esquerda.
É
verdade, a minha Bike estava com problema crónico, a pedadeira do meio estava marada. Só utilizei basicamente a grande e a
pequena o que provocou um desgaste ainda maior.
Fizemos
uma pequena paragem aos 40 Km´s. Mamei uma bebida energética e comi uma barra. Mais um erro. Com não é costume beber bebidas
com gás, aquilo só me fez mal ao estômago.
E
siga direitos ao ponto 3 (64 Km´s). A coisa começou a piorar, apareceram uma subidas mais violentes e o corpo começou a gritar.
Mas também devo dizer que as descidas eram de mais, fabulásticas e longas, ficas no prego.
Chegamos
ao km´s mais afamado de todos (64 km´s). Até cheguei benzinho. Paramos mesmo no princípio da assistência e tiramos as nossas
mochilas para mostrar as belas camisolas MARIABOLACHA. Aquilo é que foi um desfile. É verdade, encontrei o maluco do PORTO
da Aldeia Velha. Aquele que só tem 50 kgs e uma Moto4. O gajo anda bem e estava cheio da pica para conquistar o pico de S.Mamede.
Enquanto
nós tirávamos umas fotos, centenas de gajos passavam por nós. Penso que foi aqui que caímos muito na classificação. Umas sandes
de marmelada, umas barras, um red Bull, umas bananas. Aquilo parecia mesmo um PikNik. Bem precisávamos, pois o que vinha a
seguir.
Saímos
dali na brasa e os primeiros metros até cantamos MariaBolacha OléOlé. Começamos a subir e aquilo até parecia muito a direito
até que viramos à direita a meio da Serra e pronto dei o SUPER HIPER PEIDO MESTRE. Nunca mais mas nunca mais fiquei bem. Cada
passo que dava com a bike à mão era um Inferno. Não conseguia já levantar a cabeça. Os rins estavam de rastos. Não tinha força
para falar. As minhas pernas não queriam andar. O sofrimento era tanto que a média da subida passou a ser de 1,5 km/h. Mas
o mais incrível é que não passou muita gente por nós. Ia tudo com a bike à mão. Penso que foram para ai uns 3 ou 4 km´s com
a bike à mão. Penso que uns dos maiores erro que tivemos foi de não termos feito um escala de descanso.
Por
fim apareceu uma estrada em alcatrão que nos levou ao cima da serra. Era 3H05m quando passamos o cume S.Mamede e ouviu-se
um grito em Espanha. Era eu a gritar de satisfação. Tínhamos passado 1H25 antes do previsto o cume.
Aquilo
é que foi descer por ali a baixo, foram muito km´s só a descer. Estava tão cansado que nem tinha força para travar. Fui sempre
depressa demais do que devia, mas sempre sem receio. Penso que o meu melhor BTT é a Rolar depressa e a Descer sem medos (mas
que em que gosta de subir?).
Pensava
que tinha acabado o sofrimento. FDX aquilo a partir dali é que foi sofrer. Todo o meu corpinho estava de rastos. Qualquer
subida da treta era feita à mão. O meu sentimento era sempre ir mais depressa e acabar, mas o meu corpo não deixava. Cada
vez rolava mais devagar. Aproveitando as descidas para descansar. Na assistência ao km 85 as meninas disseram que era tudo
a direito até Portalegre. Não era que era tudo a subir e ainda por cima cheio de Single Tracks?. Estava cada vez pior. Passaram
muitas pessoas por mim. Já me arrastava. Em cada 10 metros só me apetecia parar, mas ainda forte psicologicamente ia rolando
à velocidade que as pernas deixavam, até que vi uns malucos deitados no chão a descansar a 8 km´s de Portalegre. Pensei, que
se lixe e parei (foi a melhor coisa que fiz). Descansei uns minutos a sério e quando parti de novo até parecia outro. Foram
8 km´s menos penosos. Só mesmo aquela subida de um Km´s a chegar a Portalegre que me voltou a tramar.
É
uma sensação maravilhosa quando entramos em Portalegre. Senti que o objectivo tinha sido cumprido. Ao passar nas ruas, as
pessoas batiam palmas e gritavam. Sentia-me o Rei do BTT. Apesar do o vencedor ter passado por ali à 4 horas.
Quando
disseram ao microfone o meu numero e que tinha concluído a prova em 9:26:18, foi o auge da loucura. Só faltou foi mesmo os
papelinhos no ar e as rolhas das garrafas de champanhe a fazer barulho. Foi maravilhoso.
Uma
palavra para o meu companheiro de luta (Hélder) que esteve muito bem. Andou sempre a me rebocar desde os 60 km´s. O baril
com a pior bike dos 1130 gajos, sem condição física de BTT e até nem gosta muito deste desporto, andou sempre a puxar. Penso
que não esperasse por mim faria menos 45 minutos no seu tempo.
É
verdade, o baril deu um grande malho ao km 81. Foi de boca e ainda está a ver se tem ou não uma costela partida.
Haveria
sempre muito mais para contar, tamanha é a quantidade de emoções adquirida durante a Maratona. Para não esquecer as cenas
malucas no jantar de 6ª em Portalegre e o jantar no Sabado com o Povo todo do BTT.
Acreditem
que vale mesmo a pena participar em mega eventos, mesmo que fiquemos todos fodidos.
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Finalmente estavamos IN, na maior cena de Bicicletas do Pais |
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O Berlus no meio de 1130 Bttistas. Estavas um pouco nervoso, não? |
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O Bolachas a se preparar para o maior empeno da sua vida. "Ó Mãe tira-me daqui" |
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Agora é que eram. Atenção ... Partida. E lá fomos nós doidos pelos Trilhos a rasgar |
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Depois de andar 64 km´s, este era o estado. Levem o Bolachas para o Hospita e o Berlus a curtir |
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Paragem na 3ªAssistencia. Demos Espectaculo com as camisolas do MAriaBolacha |
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Passa ai a pistola para acabar com o sofrimento. Ainda faltava 50 km´s |
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E nós a vê-los passar. Qualquer subida da treta parecia o Evareste |
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Então pá foste de boca?. Caga nisso monta na Bike e vê se ainda ficas nos 600 primeiros |
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MariaBolacha Olé Olé chegamos ao fim. Somos os Reis do BTT. MariaBolacha Olé Olé |
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A dupla mais radical do momento. Partiram aquela merda toda.Mas eles tambem não ficam muito direitos |
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Então pá? Estás bem ou precisas de uma masagens tailandesas? Foram 107 km´s, né? |
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Que grande empeno. Estou me a cagar paras as bikes. "Quem quer comprar uma Bicicleta" |
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Estas cansadinho é? Queres um almofada?. Para a proxima vamos ao campeonato de Damas |
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E por fim o Belo do Jantar com o Povo todo. Pro Ano à mais |
Por Hélder Berlusconi
Após vários mails trocados entre JB e HB sobre a nossa participação na Maratona de Portalegre em
BTT durante os meses que antecederam este evento, na qual JB desde sempre esteve determinado a participar, eu HB finalmente
decidi juntar-me ao radical.
Apesar de já ter referido que o BTT não é dos desportos da minha preferência, o meu interesse por
esta actividade começa aumentar muito significativamente, tendo em conta que qualquer actividade é melhor do que o sofá e
a televisão, eu não podia faltar a mais um evento do Mariabolacha.
Penso que começo a entender pk me diziam que este era um desporto com muito espirito de familia,
assim como começo a perceber porque eramos 1130 inscritos nesta maratona, onde apesar de não se disputar premios, podemos
considerar que é uma verdadeira prova de competição por tempos, disputada pela maior parte dos tubarões bttistas a nivel nacional.
Sabemos que esta modalidade está em plena ascenção e reune pessoas de várias idades e classes sociais
e esse foi mesmo o primeiro impacto brutal que tivemos durante este evento, tanto havia pessoas que tinham bikes de 500 contos
em cima de mercedões à porta do melhor hotel de Portalegre como aqueles que só levaram a bike, uma mochila e dormiram no ginásio,
assim como havia miudos de 18 anos, algumas mulheres e senhores de barba branca e nós lá estavamos tambem com a minha bike
do continente e a laranjinha do JB e tinhamos ficado a dormir no melhor hotel da Aldeia Velha, a casa do JB.
Partimos para a prova com o objectivo de acabar dentro dos limites de tempo estipulados pela organização,
se bem que o nosso ultimo treino que anteceu a prova até nos fazia sonhar com mais, o que nós nunca soubemos foi o verdadeiro
grau de dificuldade da prova.
Começamos a pedalar numa volta de 3 Km de reconhecimento pelas ruas de Portalegre, a sensação era
de certeza melhor do que participar na Volta a Portugal,
Afinal de contas eramos só 1130.
Nesse momento a minha mente brilhante dizia-me que tinhamos de furar o mais à frente possivel
para não levar com engarrafamentos do pelotão principal durante os primeiros Kms do percurso, então era vêr o berlus armado
em Peter Petrov e o JB a cagar um bocado na cenaJ e a ficar
fxdxdx cmg, sendo que vimos mais tarde que o imaturo do berlus afinal tinha razãoJ quando começamos a sair da cidade, fizemos uma
descida que nos levava a partida, berlus armado em ciclista tira as mãos do volante e estica a coluna, qd se apercebe que
a roda da frente estava toda empenada, diz ke sa foda! Naquele momento n havia nada a fazer, mais tarde talvez tenha-me custado
uma costela partida.
Apesar dos dois ou três engarrafamentos que antecediam sinlge tracks que apanhamos nos primeiros
20 km, andamos a um ritmo fantástico, com rectas à alentejo e pedaleira 3 a bombar foi sempre a rolar, chegamos a ultrapassar
pelo menos uns 100, parecia um jogo de computador, era só acelarar, devemos ter chegado aos 40 km onde já encontramos mais
algumas dificuldades nos primeiros 200.
Nesta altura começavamos a ter esperança que afinal o percurso não era tão dificil ou seriamos
nós que eramos mt duros!?? dos 40 aos 50 fizemos relativamente bem, paramos para comer, dos 50 aos 60 apesar de apresentar
um desnivel acentuado, tambem conseguimos razoavelmente bem, mas começavamos a ficar esgotados, foi então que fizemos uma
nova paragem para almoçar, eu aproveitei para comer que nem um louco e para tirarmos umas fotos e descontrair um pouco com
umas piadas, foi aki que passamos dos primeiros 200 para os primeiros 400, deu-me a sensação que mts n paravam para comer.
Dos 60 aos 70 km, demos o berro, já sabiamos que iria ser hiper duro, mas n tanto e tão prelongado,
pode-se dizer que esta parte do percurso, só deve ser toda feita em cima da bicicleta pelos primeiros 50, o problema não é
só o desnivel acentuado e a sua extensão consecutiva, e principalmente o facto de chegarmos a este ponto já com 60 km nas
pernas, posso-vos dizer que pelo menos metade desta subida foi feita com a bike na mão, por nós e pela maior parte dos participantes
e foi aqui que o JB deu o berro, o baril nem com a bike à mão vinha bem, eu bem lhe disse para fazer passe de escuteiro, mas
ele tava todo marado fisicamente e psicológicamente, lá vinha ele de cabiz baixo quase a morrer, fdx ganda cena!!! somos mesmo
doidos.. tava um bacano tb com pinta de pro, todo fxdxdx a dizer que já tava farto de ir a maratonas e que hj n sabia o que
tinha acontecido mas tb tava a morrer..!!!! foi aqui que tivemos a quebra principal, podiamos ter chegado aos 70 km às 14:30h,
acabamos por chegar às 15:05h
Mas chegamos CARALHO!!! Ganda sensação... o Jorge perguntou à organização, se não era necessário
subir mais e eles confirmaram que estavamos no ponto mais alta daquela MERDA toda, foi então que o Jorge deu um GRITO espontâneo
de alegria para os gajos..JJ eles devem ter ficado a pensar que nós não batiamos bemJ
A partir dos 70 Km estando a 900m de altitude, sinceramente pensei que fosse bastante mais facil,
com um percurso rolante relativamente a descer, em jeito de acabar em grande, até disse ao Jorge que o nosso objectivo era
tentar fazer os restantes 37 km em cerca de 2 horas e pouco para tentar fazer menos de 8 horas, mas na realidade vinhamos
a deparar com precisamente o contrário, em vez de 2 horas e pouco, acabamos por fazer mais uma hora, fazendo um total de 9
horas e 26 minutos.
A descida da serra foi mt acentuada, sempre a travar e acabou num instante, depois começaram novamente
as subidas, os single tracks e tudo mais, a nivel de percurso foi espetacular, tinha de tudo um pouco, não faltava nada e
tudo em larga escala, dava para nos fartarmos mesmo de tudo, lembro-me de passar por uma aldeia mt gira que fizemos em jeito
de gincana, foi mt giro.
Depois de ter assistido a milhares de furos, correntes partidas, acidentes mesmo à minha frente,
pessoal estendido na beira dos trilhos a sofrer com caimbras e a tudo e mais alguma coisa, eis que a má sorte me calhou tambem,
numa recta ligeiramente inclinada a roda da frente resbala na areia e lá vou eu de boca, o piso era bem duro e bati de lado
com as costelas, até hj continuo sem saber se parti alguma coisa, mas posso vos dizer que a coisa está preta!!! Vou mesmo
ter que tirar uma radiografia..isto deve-se ter passado mais ou menos aos 90km, claro que n desisti, era preciso algo de mt
grave para tal acontecer, mas foi um belo dum susto, que tb me vai ajudar defenitivamente a decidir optar por comprar uma
bike mais segura se continuar com esta brincadeira, pk a causa da queda tb poderá estar relacionada com a roda da frente empenada
e quase solta do gancho.
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